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Sarau das Pretas leva ancestralidade, música e poesia às periferias

  • Lívia Lima para Nós Mulheres da Periferia
  • 6 de out. de 2016
  • 2 min de leitura

Com percussão e carregado de ancestralidade, o Sarau das Pretas – coletivo formado por artistas negras de São Paulo – percorre de setembro a novembro de 2016 diferentes periferias da cidade São Paulo na Caravana Juventude Viva, organizada pela Coordenadoria de Políticas para a Juventude, ligada à Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania.

O próximo encontro do Sarau das Pretas na Caravana Juventude Viva ocorrerá no dia 07 de outubro em Parelheiros e terá duração de 1h. A programação compreende também outros quatro eventos pela Caravana, que ocorrerão nos próximos meses em diferentes periferias.

O coletivo surge no contexto das ações culturais e políticas ligadas ao protagonismo e empoderamento das mulheres em defesa de seus direitos. São jovens mulheres negras atuantes no cenário cultural que revelam, por meio da literatura, da musicalidade, dos tambores e corpos, as realidades de viver o feminino e o feminismo. Assim, o Sarau das Pretas é, acima de tudo, um encontro para partilhar a escuta e a palavra, permeado pela busca e valorização da sabedoria ancestral negra.

Sarau das Pretas

O Sarau das Pretas é conduzido por cinco mulheres negras. As poetas Débora Garcia, Elizandra Souza, Jô Freitas e Thata Alves protagonizam o espetáculo, que conta também com percussionistas como Tayssol Ziggy. Cada uma delas já protagonizam projetos singulares na capital e região metropolitana.

Segundo a criadora do coletivo, Débora Garcia, o Sarau das Pretas foi idealizado a partir de um convite do Sesc Pompéia para uma atividade literária em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Desde então, elas empenham-se em apresentações por toda capital paulista.

“A atividade atraiu um público expressivo, que passou a demandar a realização de outras edições. Diante do nosso entrosamento e da demanda do público, percebi que havia uma lacuna por um espaço de protagonismo negro feminino no cenário dos saraus periféricos da cidade de São Paulo. Sendo assim, fiz o convite às participantes e decidimos seguir com o Sarau das Pretas”, contou.

A dinâmica das apresentações conta com intervenções de poesia, dança afro e percussão, sendo sempre iniciadas e encerradas com uma intervenção coletiva das artistas.

No decorrer da ação as poetas residentes intercalam suas declamações e intervenções artísticas com a participação do público. “A proposta do sarau é que haja esse diálogo, escuta, interação e participação do público através do microfone aberto, onde qualquer pessoa pode se manifestar”, destacou Débora Garcia.

Ainda de acordo com as criadoras do sarau, as intervenções coletivas ambientam os participantes e são produzidas a partir de manifestações da cultura popular e afro-brasileira, tais como jongo, coco, samba de roda, saudações aos orixás e até mesmo o rap, por ser uma importante manifestação cultural das periferias.

Desde a sua primeira edição, em março deste ano, o Sarau das Pretas participou da 2° Mostra da Mulher Afro, Latino-Americana e Caribenha, realizada no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes; do evento Estéticas das Periferias, do lançamento do livro da escritora Conceição Evaristo na Ação Educativa, e entre os meses de setembro a novembro, participará da Caravana Juventude Viva, atividade ligada à Coordenadoria da Juventude, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.


fonte: http://nosmulheresdaperiferia.com.br/eventos/agenda/sarau-das-pretas-leva-ancestralidade-musica-e-poesia-as-periferias-de-sp/

 
 
 

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